Nesta quarta-feira (28) completam exatos 90 dias que o sargento da Polícia Militar Odenil Alves foi morto com um tiro na cabeça, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Morada do Ouro, em Cuiabá, e cerca de 3 meses depois, o principal suspeito de cometer o crime não foi encontrado.
Um crime que assustou moradores da região e chocou toda a capital. Passava das 15h quando o sargento que prestava serviço extraordinário na UPA decidiu atravessar a rua para fazer um lanche. Poucos minutos depois o suspeito, que trafegava em uma motocicleta Pop, se aproxima da vítima, desce da moto, atravessa a rua, atira contra o servidor. Após o tiro, ele rouba a arma do policial e foge.
A vítima foi socorrida em estado gravíssimo ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não resistiu e morreu por volta das 20h30.
No mesmo dia, o comandante da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, emitiu nota de repúdio pelo ataque ao PM e determinou uma verdadeira "caçada" ao criminoso.
Foi somente na noite da quarta-feira (29) que Raffael Amorim, 28, foi identificado como autor dos disparos que matou o sargento. O veículo e os pertences do suspeito foram apreendidos em um endereço na rua Paraná, do bairro CPA 2, onde o autor do homicídio do policial abandonou os materiais logo após cometer o crime.
No dia 3 de junho, o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto Roveri, afirmou em entrevista coletiva que o crime estava próximo de ser solucionado, garantindo que as forças policias estavam próximas de localizar o atirador, porém, dois meses depois de suas declarações, o criminoso ainda não foi localizado.
Para auxiliar na busca, o governo de Mato Grosso ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil para pessoas que fornecerem informações concretas sobre a localização de Raffael. Devido ao valor alto, a Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) recebeu uma enxurrada de informações desencontradas.
Na noite do domingo (9), um homem responsável por ajudar na fuga de Raffael Amorim foi preso no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá. Ele tentou fugir a pé e foi apreendido 4 quarteirões depois. Questionado, ele disse que havia fugido porque achava que estava sendo investigado por dar suporte ao responsável pela morte do policial.
Ainda segundo ele, por ser faccionado, recebeu ordem do seu líder para buscar Raffael e o deixar em uma região de chácara no bairro Nova Conquista, após isso não sabe mais nada sobre o criminoso.
Ainda no domingo, 3 criminosos envolvidos no crime foram mortos em confronto com a polícia, no município de Sinop (503 km de Cuiabá).
Já na tarde do dia 12 de junho, o suspeito foi localizado no apartamento da irmã dele, no Bairro Izabel de Campos, em Várzea Grande. Ao avistar as viaturas, o suspeito fugiu para dentro da mata e não foi mais visto.
Foi só no dia 13 de junho que o Delegado Rodrigo Azem descartou um possível envolvimento de facção no crime e que a tese mais forte em que a polícia trabalha, é de que o assassinato do militar tenha sido por latrocínio, o qual é o roubo seguido de morte.
Fato é que 90 dias após o crime, familiares e a própria população buscam respostas para o crime que vitimou o sargento. Ele deixou esposa e 3 filhos.
Fonte: Gazeta Digital