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Cuiabá registra mais de 680 acidentes envolvendo animais peçonhentos; veja cuidados

Com o início das chuvas, esses animais deixam seus esconderijos e, por isso, há o aumento do risco de acidentes.

Por Redação Play MT em 07/11/2024 às 17:04:07

Você saberia o que fazer se cruzasse com um escorpião ou uma serpente? Em Cuiabá, mais de 680 acidentes envolvendo animais peçonhentos foram registrados neste ano, sendo a maioria deles com escorpiões, segundo a Secretaria de Saúde.

Os animais peçonhentos são todos os que possuem veneno e conseguem injetá-lo em outro animal. Segundo o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto, os peçonhentos mais comuns em áreas urbanas são escorpiões, serpentes e aranhas.



"Sobre as serpentes, nem toda serpente é peçonhenta, pois apenas 10% delas possuem veneno e são as que mais aparecem no ambiente urbano, mas que, mesmo assim, é necessário ter cuidado', comentou.

Ranking de atendimentos de acidentes por animais peçonhentos em Cuiabá neste ano:

  • Escorpião: 463
  • Serpente: 96
  • Animais sinantrópicos (animais silvestres que se adaptaram a viver com o homem, mesmo contra a vontade dele): 88
  • Aranha: 40

Com o início das chuvas, o biólogo explicou que esses animais deixam seus esconderijos, pois é o período de maior abundância de comida, então eles se movimentam mais para se alimentar, e muitas espécies se reproduzem nessa época, por isso, há o aumento do risco de acidentes.



"A chuva é um dos fatores agravantes, pois alagam o esconderijo deles, o que os levam a buscar as casas dos humanos para poder se abrigar das chuvas", explicou.

Para Luiz, essa interação entre os humanos e animais que é inevitável, por isso, pensando nisso para se proteger, é importante manter a casa limpa, evitar acúmulo de entulhos e redobrar o cuidado ao mexer em áreas externas.

Medidas de prevenção para evitar acidentes

O biólogo Luiz deu algumas dicas para que conviver com estes animais de forma segura. Ele alertou que todos esses animais possuem papéis importantes na cadeia alimentar animal, então eliminá-los por completo não é a prática mais adequada e citou o exemplo dos animais comuns, como escorpiões.

"Precisamos aprender a conviver, com uma certa proteção, o escorpião, por exemplo se adaptou ao ambiente urbano e é predador das baratas. Onde tem humano, tem lixo; onde tem lixo, há baratas. Para reduzir os escorpiões, é necessário diminuir a presença das baratas", informou.

Acidentes com animais peçonhentos são comuns, mas podem ser evitados. Confira alguns cuidados que precisam ser tomados, de acordo com o Instituto Butantan e com cada espécie de animal:

Serpentes - como evitar acidentes:

  • Usar calçados fechados, de preferência de cano alto, ao andar ou trabalhar no mato.
  • Usar luvas grossas para manipular folhas secas, lixo, lenha, palhas, etc.
  • Não colocar as mãos em buracos e tomar cuidado ao revirar cupinzeiros.

Aranhas, escorpiões e lacraias - como evitar acidentes:

  • Colocar protetor embaixo das portas para impedir a entrada desses animais dentro das residências
  • Manter jardins e quintais limpos.
  • Evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casas e manter a grama aparada. Não colocar as mãos em buracos, sob pedras e em troncos podres.
  • Usar calçados e luvas grossas nas atividades de jardinagem.
  • Vedar ralos, frestas, buracos e soleiras de portas e janelas.
  • Afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.
  • Sacudir e verificar roupas e sapatos antes de usá-los.
  • Preservar os predadores naturais: coruja, joão-bobo, lagartos, sapos, galinhas, gansos, quatis e gambás.

Caso seja picado, o que fazer?

Com urgência, o atendimento médico deve ser feito com antídoto e soro por um profissional, no hospital público de cada cidade ou no pronto socorro, mas as orientações principais são:

  1. Lave a área afetada: Utilize água e sabão
  2. Imobilize o acidentado: Para evitar a propagação do veneno
  3. Procure atendimento imediato no Centro de Informação e Assistência Toxicológica ou Hospital Municipal
  4. Informações ao profissional de saúde: Descreva o animal o melhor possível e, se possível, forneça uma foto.

O biólogo disse que das 142 cidades do estado, só há antídotos e soros antivenenos para esses tipos de acontecimentos em metade dos municípios por isso, alertou que em caso de viagens, é necessário se informar se há esses antídotos nos hospitais da cidade que está visitando.

"Se for passear em uma nova cidade, tenha cuidado de ligar no hospital público da cidade para saber se tem atendimento, caso aconteça um acidente, por que se não tiver, a pessoa deve ser deslocada para a cidade mais próxima que tenha", alertou.

Fonte: Portal G1

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