A Superintendência da Vigilância em Saúde de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, confirmou nessa terça-feira (26), as mortes de dois bebês, de 1 ano e outro de quatro meses, por Leishmaniose Visceral (LV), neste mês.
De acordo com a superintendente da Vigilância em Saúde Vânia Scapin, o bebê de quatro meses já chegou no hospital em estado crítico e não resistiu. Já o outro caso foi devido uma infecção em um ferimento causado pela doença.
Ainda segundo a superintendente, foram notificados nove casos de Leishmaniose Visceral, em Rondonópolis. Além das mortes dos bebês, sete pacientes estão em tratamento no município.
As mortes dos bebês estavam sob investigação, agora a vigilância epidemiológica pretende identificar os fatores que levaram aos óbitos e propor medidas para prevenir outras mortes. As equipes de saúde estão investigando o ambiente frequentado pelos bebês e animais com os quais eles tiveram contato.
De acordo com o município, a superintendência pede que a população tome algumas medidas para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, mantendo os ambientes limpos e evitando o acúmulo de matérias orgânicas como folhas, frutos apodrecidos, fezes de animais e restos de comida.
A doença e os sintomas
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Leishmania chagasi. A transmissão acontece quando fêmeas do mosquito conhecido como mosquito-palha picam cães ou outros animais infectados, e, depois, picam o ser humano, transmitindo o protozoário.
Os sintomas da doença são:
- Febre;
- Tosse;
- Dor abdominal;
- Anemia;
- Perda de peso;
- Diarreia;
- Fraqueza;
- Aumento do fígado e do baço;
- Inchaço no linfonodos.
Uma vez diagnosticada, quanto mais cedo for iniciado o tratamento maiores são as chances de evitar agravo e complicações da Leishmaniose Visceral, que se não for tratada adequadamente, pode ser fatal.
Portal G1