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Caso Renato Nery

Advogados e empresários alvos de operação foram denunciados por Renato Nery dias antes de assassinato em Cuiabá

Denúncia enviada à OAB-MT envolve irregularidades em uma disputa judicial de terras que teria a interferência de desembargadores. Uma operação deflagrada nesta quinta (28) apura o homicídio do advogado Renato Nery e o envolvimento dos alvos com o assassinto.


Os advogados e empresários investigados na Operação Office Crime, deflagrada nesta quinta-feira (28), foram denunciados pelo advogado Renato Gomes Nery cerca de 10 dias antes do assassinato do profissional, em frente ao escritório dele em Cuiabá. A denúncia enviada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) envolve irregularidades em uma disputa judicial de terras que teria a interferência de desembargadores.

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) informou que "todas as representações disciplinares apresentadas pelo advogado Renato Nery, assim como aquelas protocoladas contra o mesmo, correm seu curso normal, tramitando no Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-MT, respeitando o sigilo e o rito tal qual estabelece a legislação vigente".


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Segundo o delegado, a operação deflagrada nesta quinta tem como objetivo investigar o homicídio de Renato Nery e saber qual o envolvimento dos alvos com o assassinto. Desde a morte do profissional, em julho deste ano, ninguém foi preso.

"Coincidentemente os escritórios e os alvos eles estão na denúncia do Renato. Os alvos de hoje são alvos que o Renato denunciou, mas a investigação não partiu só da denúncia dele. Houve uma investigação mais complexa e resultou nos alvos de hoje. A gente não pode comentar muitos detalhes para não prejudicar a investigação, mas os alvos foram denunciados", disse.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Cuiabá e Primavera do Leste, em endereços residenciais e escritórios de advocacia dos investigados.


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Nas casas dos alvos, foram apreendidos computadores, aparelhos telefônicos, Sistema de Posicionamento Global (GPS), que podem ter sido instalados nos veículos dos investigados, duas armas de fogo, R$ 30 mil em espécie e barras de ouro.


Veja quem são os investigados:

  • Antonio João de Carvalho Junior (advogado)
  • Agnaldo Bezerra Bonfim (advogado)
  • Gaylussac Dantas de Araujo (advogado)
  • Cesar Jorge Sechi (empresário)
  • Julinere Goulart Bastos (empresária)


Todos os advogados atuavam no mesmo escritório, segundo a polícia. Já os empresários eram casados e moravam em Primavera do Leste.


As medidas cautelares foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), após representação dos delegados da DHPP, que são responsáveis pela investigação.

Relembre o caso

Renato foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.

O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.

"É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido", disse o delegado.

O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.

Portal G1

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