Suspenso

Governo Lula suspende Plano Safra e põe produção em risco

Frente Parlamentar da Agropecuária diz que Planalto tenta culpar Congresso por sua incapacidade


O Governo Federal suspendeu, a partir desta sexta-feira (21), todas as novas contratações do Plano Safra 2024/2025. A medida põe em risco a produção, principalmente, de grãos do país, uma vez que os produtores ainda estão no período de colheita da primeira safra e plantio da segunda (veja o ofício circular com a decisão AQUI).

A suspensão das linhas de crédito do Plano Safra já movimenta os bastidores da agropecuária brasileira e autoridades classificam como "fiasco" o que foi chamado de "o maior Plano Safra da história".

Para a Frente Parlamentar da Agropecuária, "a má gestão impacta no aumento dos juros e impede a implementação total dos recursos necessários".



Segundo nota enviada pela FPA, o Governo Federal tenta culpar oCongresso Nacional "pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos", o que de acordo com a nota, "não resolverá o problema".

No ofício circular enviado pela Secretaria do Tesouro Nacional, na quinta-feira (20), o Governo Federal justifica a suspensão das linhas de crédito rurais a não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025.

De acordo com a Secretaria, houve aumento nos gastos "devido à forte elevação dos índices econômicos". A FPA aponta aumento na taxa Selic, de 10,50% em julho de 2024 para 13,25% em janeiro de 2025, que teria sido impulsionada pela "falta de responsabilidade fiscal do governo e desvalorização da moeda".



Aumento de preços

Um dos impactos que já estão sendo sentidos pela população é o aumento no preço dos ovos e das carnes. No caso do ovo, a alta foi de 40% em fevereiro e o preço do produto chegou ao mais alto dos últimos 22 meses.

Com a suspensão das linhas de crédito, esse aumento pode ser ainda maior. "Itens da cesta básica, como proteínas e ovos, têm seus custos de produção diretamente afetados, já que as rações utilizadas são produzidas a partir de grãos, culturas impactadas pela falta de recurso", aponta a FPA.

Também registraram aumentos de preços, além dos ovos e das carnes, produtos como café, combustíveis, azeite, itens de hortifruti, como algumas frutas e legumes, bebidas, arroz, leite e seus derivados.

Mídia News

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