A ideia, de acordo com Haddad, é incluir no sistema operacional toda a dívida que puder ser renegociada. O fundo garantidor do Desenrola tem previsão inicial de renegociar até R$ 50 bilhões em dívidas, de 37 milhões de pessoas físicas.
Segundo Haddad, o governo tem percebido um “interesse muito grande também daqueles que têm créditos contra pessoas com faixa de renda mais elevada, que estão dispostos a renegociar”.
O estoque de dívidas com potencial de ser quitadas abrange 72 milhões de CPFs o que representam um total de R$ 430 bilhões em dívidas protestadas em órgãos de controle de crédito.
“O alcance do programa pode ser muito grande. Não temos precedentes disso. Nunca houve um programa como esse. Então nós estamos tentando caprichar ao máximo porque, se ele for bem-sucedido, poderá criar uma dinâmica de curto prazo interessante para economia”, complementou.
“Imagina a quantidade de empresas que têm crédito; financeiras; bancos; concessionários; e serviço público. Todos esses players vão poder entrar no Desenrola”, acrescentou.
Segundo Haddad, acompanhado do novo Bolsa Família, da nova tabela do Imposto de Renda e do novo salário-mínimo, o Desenrola compõe “um conjunto de medidas bastante razoável que vai permitir a volta ao mercado [cosumidor] dessas famílias”.