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Cai a participação de mulheres em cargos no governo federal

Por Momento Play MT em 02/04/2023 às 13:20:20

Com recorte de gênero, raça e etnia, Observatório de Pessoal vai consolidar política de transparência ativa e disponibilizar dados

de forma simples, diz a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dwek - Joédson Alves/Agência Brasil

“O período de ausência de concursos gerais e continuidade dos concursos em áreas predominantemente masculinas, como militares e segurança pública, foi um dos fatores que fizeram o percentual geral de mulheres no serviço público ficar estagnado”, explicou a ministra durante evento de lançamento da plataforma. “E quando olhamos sobre as mulheres no papel de lideranças, nem na média, nem na alta liderança, é proporcional à quantidade de servidoras na administração pública federal e mais abaixo ainda da média feminina da população brasileira”, acrescentou.

De acordo com o recorte apresentado sobre o estado civil dos ocupantes em cargos de liderança, o relatório do Observatório de Pessoal mostrou que, estatisticamente, a chance de homens com filhos menores de idade exercerem cargos de média e alta gestão é 3,2 vezes maior do que entre mulheres nas mesmas condições. “Isso reflete a dificuldade das mulheres em aceitar o cargo ou de serem chamadas a assumir cargos de gestão, porque o trabalho de cuidados geralmente fica com a mulher, e ela não consegue, ou não pode, aumentar sua responsabilidade. Mas é importante que a mulher seja chamada e a decisão de assumir, ou não, a liderança seja um fator pessoal, e não de incapacidade técnica”, afirmou a ministra.

Ainda segundo Esther Dweck, a ideia do observatório e do relatório sobre pessoal, por meio do recorte de gênero, raça e etnia, é consolidar uma política de transparência ativa e disponibilizar os dados de forma simples.

Como forma de ampliar a presença de pessoas negras em cargos de liderança, incluindo paridade entre homens e mulheres, o governo federal vai implementar um programa que reserva até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações. O decreto foi assinado há pouco mais de 10 dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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