A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira (5) 22 criminosos e apreendeu cinco fuzis, cinco pistolas, doze granadas e mais de uma tonelada de drogas no Complexo da Maré, na zona norte da capital. A ação visava prender criminosos oriundos de outros estados que estariam escondidos na região. Do total de presos, 16 estavam escondidos dentro do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep), uma unidade escolar na comunidade. Por medida de segurança, 23 escolas das redes municipal e estadual de ensino não funcionaram ao longo do dia, deixando milhares de crianças sem aulas.
A operação foi realizada por policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC), com apoio do batalhão da PM instalado na Maré.
Policiais do Bope apreenderam dois fuzis, uma pistola e cinco granadas em uma varredura na comunidade. Um dos criminosos presos são do Estado do Mato Grosso. Já os policiais militares e cães farejadores do BAC apreenderam 180 tabletes de maconha, 1.247 frascos de lança-perfume e quatro galões de loló, totalizando cerca de uma tonelada de drogas. Cinco granadas também foram apreendidas na ação.
Quatorze veículos foram recuperados, sendo 12 carros e duas motocicletas, além de 20 cigarros eletrônicos, 11 carregadores de fuzil e drogas também na Nova Holanda, uma das 16 comunidades que compõem o Complexo da Maré. Os policiais também detiveram um homem do estado do Espírito Santo e o encaminhou para a Polícia Civil para averiguar se ele tinha ficha criminal.
Durante vasculhamento, pela manhã, criminosos fugiram para o interior de um Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) unidade de ensino do Complexo da Maré e as equipes do Bope negociaram a rendição dos homens. Na ação, 16 criminosos foram presos e foram apreendidos três fuzis, quatro pistolas, nove granadas, cinco rádios comunicadores e cerca de três quilos de maconha.
Segundo dados de inteligência, os líderes da facção criminosa que controlam o tráfico de drogas na Maré deram ordens para que a população se dirigisse à escola para evitar a retirada dos criminosos do Ciep. Para controlar a situação, os policiais fizeram uso de bombas de gás lacrimogêneo, equipamento de menor poder ofensivo.