Após 6 anos de espera na fila do Sistema Único de Saúde (Sus), um menino de 11 anos, conseguiu passar por uma cirurgia para corrigir uma má-formação genética em Cuiabá.
A criança nasceu com Hipospádia, uma anomalia na qual o canal da urina não se localiza na ponta do pênis.
Segundo a mãe dele, Angélica Santos, o filho era um dos 48 mil pacientes na fila de espera por cirurgias eletivas em Mato Grosso.
O médico urologista Fernando Leão Costa afirma que, em grande parte dos casos, o tratamento pode ser feito nos dois primeiros anos de vida.
De acordo com os médicos, a cirurgia foi um sucesso. O garoto recebeu um implante para direcionar a uretra para a posição correta, mas o problema ainda não terminou. Ele ainda precisa passar por uma segunda cirurgia para que a correção seja ainda mais precisa.
A próxima intervenção cirúrgica só será feita quando a cicatrização estiver completa. Angélica explica que o filho toma remédios para evitar inflamações e não pode fazer movimentos bruscos.
O menino se mostra otimista e acredita que a melhora será breve. Ele relatou que chegou a sofrer bullying na escola e disse que o problema o deixava envergonhado.
Hipospádia
A hipospádia consiste em uma má-formação genética que ocorre nos meninos, tendo como principal característica a abertura anormal da uretra, em um local abaixo do pênis, ou em outros locais, como no escroto ou no períneo, ao invés do local natural, na extremidade da glande.
A anomalia ocorre durante o desenvolvimento fetal masculino, estando associada a curvatura peniana. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se a hipospádia atinja cerca de 1 a cada 250 meninos e é muito comum entre os recém-nascidos.
Os estudos ainda apontam que o aumento dos casos da anomalia pode estar associada aos tratamentos para engravidar. No entanto, as reais causas da hipospádia ainda são desconhecidas.
Portal G1