Hospital de Cuiabá é condenado a pagar indenização a profissionais que não cumpriram afastamento por Covid

Do total de 268 casos, em apenas 10 o período de afastamento de 14 dias foi respeitado, segundo a Justiça.

entrou em contato com a empresa, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.

A juíza 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Elizângela Vargas Candido Bassil Dower, destacou que toda a sociedade, à época da pandemia, foi convocada a cooperar para evitar a disseminação do vírus, o que a empresa não teria cumprido com relação aos trabalhadores.

"Os retornos às atividades se deram com apenas 3 dias de afastamento. Em algumas situações, por exemplo, o prazo de afastamento mostrou-se tão exíguo quanto insuficiente para verificar até mesmo se o trabalhador estaria assintomático", afirmou, na decisão.

O caso entrou na Justiça após um ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A investigação do MPT apontou que o hospital permitiu o retorno dos trabalhadores contaminados ou suspeitos de Covid-19 antes do prazo previsto pelos protocolos sanitários em vigor à época.

O inquérito do MPT também mostrou que não houve a emissão de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) para os profissionais de saúde contaminados que estivessem no atendimento a potenciais casos de Covid na unidade.