Os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, da Jordânia, do Barein, da Arábia Saudita, de Omã, do Catar, Kuwait, Egito e Marrocos condenaram nesta quinta-feira (26) os ataques a civis e as violações da lei internacional em Gaza, que está sob bombardeio retaliatório de Israel.
A declaração conjunta mencionou que o direito à autodefesa de Israel não justifica a violação da lei e a negligência dos direitos dos palestinos. Os ministros das Relações Exteriores árabes também condenaram o deslocamento forçado e a punição coletiva na Faixa de Gaza, acrescentou.Já o ministro de Negócios Estrangeiros do Irã, Hossein Amirabdollahian, advertiu hoje (26) que os Estados Unidos (EUA) "não serão poupados", caso a guerra em Gaza continuar.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirma que o Ocidente ignora as leis "quando é derramado sangue muçulmano"
Erdogan teceu mais críticas aos governos ocidentais e à resposta destes aos bombardeios de Israel sobre Gaza.
"O que aconteceu à Declaração Universal dos Direitos Humanos?", perguntou o presidente turco, e emendou: "eles não dão atenção se não servir o seu propósito. Porquê? Porque o sangue que está sendo derramado é muçulmano".
O chefe de Estado turco cancelou a visita que faria na quarta-feira a Israel, e chegou a lamentar o fato de ter apertado a mão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, no mês passado, em Nova York.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, reiterou que a operação "para eliminar o Hamas" é necessária, mas que deve respeitar o Direito Internacional.
"Infelizmente, é preciso que haja uma operação militar para eliminar o Hamas, não há outra forma, de outro modo Israel não pode sobreviver a longo prazo", disse ao chegar a Bruxelas para a reunião do Conselho Europeu.
"Mas isto deve ser feito com danos mínimos para a população civil", acrescentou.
*Com informação das agências Reuters, Lusa e RTP