A suspensão do expediente vale para todos os serviços públicos estaduais da capital, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato.
O governo também decidiu adiar o Provão Paulista, que começaria a aplicação dos exames nesta terça-feira. Os 1,2 milhão de estudantes inscritos farão as provas a partir do dia 29. "Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão que ocorre dia 29", diz o comunicado.Também foi feito um pedido na Justiça para garantir a operação da CPTM e Metrô. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
A paralisação é puxada por trabalhadores de diversos setores do funcionalismo público do estado de São Paulo. Eles protestam contra os projetos de privatização de serviços públicos em andamento (Sabesp, Metrô, CPTM) liderados pelo governador Tarcísio de Freitas.
Mais de 40 entidades estão mobilizadas, incluindo trabalhadores do Metrô, CPTM e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Eles já fizeram uma greve em 3 de outubro com a mesma reivindicação. Os sindicatos pedem que seja realizado um plebiscito para ouvir a população sobre a concessão à iniciativa privada.
Assembleia unificada está marcada para esta segunda-feira (27), às 16h, com votação simbólica da greve desta terça.
A Sabesp é a maior preocupação das entidades neste momento, principalmente depois de o projeto de lei que autoriza a desestatização da empresa ter recebido aval durante reunião conjunta de comissões da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na quarta-feira (22), ficando disponível para a discussão em plenário. Com 27 votos favoráveis, o relatório feito pelo deputado Barros Munhoz (PSDB) foi acatado pelos parlamentares.
A proposta deu entrada na Casa no dia 18 de outubro e, durante o período em que esteve em pauta, recebeu 173 emendas, que propõem acrescentar ou alterar dispositivos da matéria, e quatro substitutivos contrários à desestatização da companhia. O texto foi analisado pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças, Orçamento e Planejamento; e Infraestrutura da Alesp.