Suspeito de mandar matar advogado Zampieri é solto com tornozeleira
O TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) disse que o processo corre em segredo de Justiça, mas que o suspeito passou por audiência de custódia. Já o o delegado responsável pelo caso não quis comentar sobre o assunto
Por Redação Play MT em 12/03/2024 às 14:30:09
O suposto mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, Aníbal Manoel Laurindo – de 73 anos – foi preso nesta segunda-feira (11) em Cuiabá, e cerca de oito horas após ter o pedido de prisão temporária determinado pela Justiça, foi solto com medidas restritivas.
Ao Primeira Página, o advogado de defesa Wander Bernardes, disse que Aníbal teve a sua prisão substituída por cautelares diversas, tornozeleira e outras medidas restritivas.
Ele se apresentou na sede da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), durante a manhã desta segunda-feira (11).
O TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) disse que o processo corre em segredo de Justiça, mas que o suspeito passou por audiência de custódia. Já o o delegado Nelson Farias, responsável pelo caso, não quis comentar sobre o assunto.
Empresária não foi indiciada
A empresária Maria Angélica Gontijo, chegou a ser considerada suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 57 anos.
Porém, ela não será mais indiciada por envolvimento no crime. O delegado Nilson Farias explicou à reportagem que não há provas concretas que liguem a suspeita ao crime.
A decisão por não indiciar a empresária foi afirmada pela Polícia Civil em fevereiro deste ano, após o depoimento do coronel aposentado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini, de 68 anos – apontado nas investigações como o financiador do assassinato de Zampieri.
Coronel preso
Envolvido na morte de Zampieri, o coronel aposentado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini está preso 44º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército na Capital. Ele foi preso em Minas Gerais e transferido para Cuiabá no dia 17 de janeiro.
Etevaldo, quarta pessoa presa por envolvimento na morte de Zampieri, teria pagado R$ 20 mil e pagaria mais R$ 20 mil depois do crime.
Parte do dinheiro teria sido entregue a Antônio Gomes da Silva, que efetuou os 11 disparos que mataram o advogado na frente do seu escritório, no bairro Bosque da Saúde.
Outro envolvido é Hedilerson Barbosa, dono da pistola 9mm usada no assassinato. Esses dois homens confirmaram à polícia que o ex-coronel pagou pelo crime.
Até o momento, três pessoas foram indiciadas no assassinato do advogado:
Antônio Gomes da Silva (suposto atirador);
Hedilerson Barbosa (suposto intermediador, auxiliar do atirador e dono da pistola 9mm usada no assassinato);
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
Três pessoas permanecem presas e foram indiciadas pela Polícia Civil pelo homicídio do advogado: o executor, o intermediário e o financiador do crime.
As prisões, parte delas efetuadas na região de Belo Horizonte (MG) foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.
As investigações policiais apuraram o executor foi contratado pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime.
O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.