O MPMT (Ministério Público de Mato Grosso) recomendou nesta quinta-feira (18), que a Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso) não realize o "pare e siga", no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães.
Entre os motivos da recomendação estão as condições estruturais da via que, conforme relatório técnico do DNIT, são adequadas para o tráfego.
O documento ressalta 13 considerações por parte do MPMT para que a Sinfra acate as recomendações, sendo duas de caráter urgente para a abertura da estrada, visto que nesta sexta-feira (19), começa o 37° Festival de Inverno na cidade.
Veja quais são as recomendações:
a) o não fechamento da Rodovia MT-251 para início das obras de retaludamento durante a realização do 37° Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães, que vai ter início dia 19 de julho de 2024 e segue até 4 de agosto de 2024;
b) a retirada do sistema "pare e siga" retomando o tráfego normal na rodovia, adotando medidas de gestão de risco, com o monitoramento contínuo, sinalização adequada e vistorias periódicas OU, subsidiariamente, retirar o sistema "pare e siga" durante a realização do 37° Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães;
Justificativa
Segundo a Prefeitura de Chapada de Chapada, o evento movimenta quase 250 mil pessoas e cerca de R$ 8 milhões no município, que tem como principal atividade econômica o turismo.
O MPMT estabeleceu o prazo de 24 horas para que o Estado se manifeste sobre o cumprimento ou não das medidas recomendadas.
A Sinfra informa que irá analisar o documento emitido pelo MP e se manifestar posteriormente.
O Portão do Inferno, no ano de 2023, ficou marcado por inúmeras movimentações rochosas que atrapalharam o comércio, a infraestrutura e a vida em Chapada dos Guimarães.
Os desmoronamentos de blocos (veja o vídeo abaixo) na região ocorrem há muitos anos, porém as ocorrências têm se intensificado desde o começo do período chuvoso, em novembro de 2023. De lá pra cá, o local permanece com o tráfego de veículos prejudicado.
Fonte: Primeira Página