O Governo de Mato Grosso suspendeu o sistema "pare e siga" no trecho do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, até o início das obras na região. A decisão foi feita em conjunto com o Ministério Público do Estado (MPMT) e a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
A decisão foi anunciada a pedido do governador Mauro Mendes, por causa do 37º Festival de Inverno, que acontece até 4 de agosto.
Segundo a medida, a pista no trecho da MT-251 está liberada para veículos leves. A Sinfra-MT informou também que não irá liberar a capacidade de carga do viaduto para veículos de até 12 toneladas.
Para o órgão, os estudos evidenciaram a fragilidade do maciço no entorno da fundação do viaduto, que não é estável o suficiente para suportar grandes cargas de pesos com segurança.
Em março deste ano, o governo propôs o retaludamento do morro do Portão do Inferno, que consiste na retirada do maciço rochoso da curva do paredão e a criação de taludes — uma série de cortes que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. A obra ainda não tem previsão de início e para a realização, são necessárias novas autorizações.
De acordo com a decisão, as licenças ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ( ICMBio) já foram dadas, além da autorização de supressão vegetal.
O que será feito?
Um dos engenheiros responsáveis pelo projeto, Wilian Lopes, explicou que retaludamento consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.
Segundo ele, o projeto prevê um novo traçado para a rodovia no km 46, que é considerado um dos pontos mais críticos do trecho. De acordo com Willian, com esse novo traçado, os motoristas que passarem pela curva estarão mais seguros.
Portal G1