Criadores e proprietários de aviários em Mato Grosso estão sendo orientados a reforçar as medidas de biosseguridade e a atenção com a sanidade avícola diante da confirmação de casos de influenza aviária na América Latina.
O pedido de reforço é realizado por médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), após a confirmação da doença em aves na Colômbia e no México nas últimas semanas.
"As medidas de biosseguridade na avicultura são imprescindíveis para evitar a entrada, manutenção e disseminação de doenças nas granjas. Os cuidados também são importantes, para garantir a segurança dos alimentos que chegam à mesa do consumidor final", orienta a fiscal do Indea e médica veterinária, Caroline Lemes Bourscheid.
Indea percorre granjas em Mato Grosso
De acordo com o Indea, como medida de prevenção e monitoramento, médicos veterinários do órgão ligado ao governo de Mato Grosso estão percorrendo granjas comerciais para a coleta de amostras.
O instituto revela que já foram colhidos 1.177 soros e 2.354 amostras, com uso de "swab" na traqueia e cloaca das aves, para identificação dos vírus da influenza aviária e Doença de Newcastle, em 15 municípios.
A fiscal do Indea e médica veterinária, Caroline Lemes Bourscheid, destaca que entre as principais medidas de biosseguridade está a utilização de telas anti-pássaros, roupas exclusivas, desinfecção de veículos, materiais e equipamentos na entrada e saída dos estabelecimentos e registro de controles sanitários.
Brasil nunca teve casos de influenza aviária
A influenza aviária nunca foi registrada no Brasil. Entretanto, a Doença de Newcastle, que também atinge aves, teve um caso notificado em Mato Grosso, em 2006, no município de Lambari d"Oeste.
A influenza aviária é causada por um vírus, que pode ser transmitido pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como o contato com aves doentes. O contato das aves com aves silvestres de vida livre e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais deve ser evitado ao máximo.
O Indea orienta ainda aos avicultores que notifiquem o órgão a ocorrência de mortalidade acima do normal, em período inferior a 72 horas, ou em caso de aparecimento de problemas respiratórios, digestivos ou nervosos nas aves.