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Março Azul

Conscientização, Prevenção e Combate do Câncer Colorretal

Por Tatiane Ferri em 18/03/2024 às 17:50:46

O câncer de intestino é também conhecido como câncer colorretal porque engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus) e no ânus.
Há dois exames capazes de detectar precocemente os tumores de intestino: o Exame de Sangue – que aponta sangue nas fezes (mesmo oculto a olho nu) e a Colonoscopia (exame de imagem que vê o funcionamento do intestino por dentro).

Sangue Oculto nas Fezes – para que serve o Exame?

Todos os anos são diagnosticados cerca de 40 mil novos casos de câncer colorretal no Brasil. Além disso, a doença provoca aproximadamente 20 mil mortes anualmente. No Brasil, o tumor maligno no cólon e no reto é o 3º tipo mais comum em homens e o 2º em mulheres. Diagnosticado no início, o câncer colorretal pode apresentar cerca de 90% de chances de sucesso no tratamento. Neste cenário, entra em cena a importância do rastreamento, com a indicação do exame de sangue oculto nas fezes, por exemplo, além da colonoscopia.


O sangramento no sistema digestivo pode ser causado por algo insignificante, como uma leve irritação, ou grave, como um câncer. A pesquisa de sangue oculto é um exame laboratorial que identifica a presença de sangue nas fezes, sendo principalmente indicado para pessoas que possuem histórico de alterações intestinais na família, para investigar a causa de anemia, para auxiliar no diagnóstico de alterações inflamatórias intestinais, e ajudar no diagnóstico do câncer de intestino. Tem a vantagem de ser simples, não invasivo e de baixo custo. É o método ideal para rastreamento em grandes populações.

É importante enfatizar que o exame de sangue oculto não substitui a colonoscopia, que ainda é essencial para um diagnóstico preciso.

Para fazer o exame de sangue oculto nas fezes, é importante que a pessoa siga algumas recomendações do médico durante o período de coleta, que normalmente é de 3 dias, já que alguns fatores podem interferir no resultado. Assim, é recomendado:

  • Evitar o consumo de alimentos como rabanete, couve-flor, brócolis, beterraba, feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, milho, azeitona, amendoim, espinafre ou maçã;
  • Evitar tomar remédios que irritem o estômago, como anti-inflamatórios ou aspirina, por exemplo, pois podem causar sangramento e resultar num falso positivo, além de suplementos com vitamina C e ferro;
  • Não realizar o exame em menos de 3 dias após o período menstrual;
  • Não realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes quando for verificado sangramento na gengiva ou no nariz, já que a pessoa pode engolir o sangue e esse ser eliminado juntamente com as fezes;

Caso a coleta das fezes seja feita em alguma dessas situações, é importante informar ao laboratório para que seja levado em consideração no momento da análise do resultado. No entanto, na maioria dos casos pode ser necessário repetir o exame para confirmar o resultado.


Os resultados possíveis para o exame de sangue oculto nas fezes são:

  • Sangue oculto nas fezes negativo: não é possível identificar sangue oculto nas fezes, havendo baixo risco de alterações gastrointestinais;
  • Sangue oculto nas fezes positivo: indica a presença de sangue oculto nas fezes e, por isso, o médico indica a realização de exames complementares, principalmente a colonoscopia, a causa do sangramento e iniciar o tratamento adequado.

No caso de resultado positivo ou negativo com algumas alterações, o médico pode solicitar a repetição do teste para confirmação do resultado ou a realização de colonoscopia de acordo com o histórico clínico da pessoa.


Os resultados falso positivos são aqueles em que é detectada, por meio do teste, a presença de sangue, mas que não representa a condição do paciente. Esse tipo de resultado pode acontecer em pessoas que não se preparam corretamente no que diz respeito à dieta, tiveram sangramento gengival ou nasal, fizeram uso de medicamentos que causam irritação da mucosa gástrica ou fizeram a coleta poucos dias após o período menstrual.


Em alguns casos de resultado negativo o médico pode pedir na mesma uma colonoscopia caso o paciente esteja em alto risco de desenvolver câncer do cólon para garantir que não existem alterações, pois, embora seja raro, pode existir câncer sem que exista sangramento.

O câncer de intestino tem cura. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores as possibilidades de cura. E mesmo após a cura, é feito um rigoroso acompanhamento com consultas e exames para evitar ou detectar um possível retorno do câncer. Fazer tal monitoramento é imprescindível para identificar recidivas precocemente.


Fonte Apoio: Marçoazul.com.br
Escrito por Tatiane Cristina Ferri – Biomédica Responsável pelo Laboratório Labac / Campo Verde-MT

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