Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 2023 e 2025, mais de 11 mil casos de leucemia serão diagnosticados no Brasil. Esse número comprova ainda mais a importância do "Fevereiro Laranja", campanha estabelecida para conscientizar a população a respeito desse tipo de câncer, responsável por 6,7 mil óbitos no país só em 2020.
Popularmente conhecida como "câncer no sangue", a leucemia afeta as células sanguíneas e as da medula óssea – onde são produzidas as células do sangue. Quando a doença ocorre, as células normais são substituídas por cancerígenas, ocasionando uma proliferação celular descontrolada.
Existem vários tipos de leucemia, que são subdivididos de acordo com dois aspectos principais. O primeiro deles é a velocidade de crescimento celular e a progressão do câncer. Enquanto a aguda, avança rapidamente, a crônica progride lentamente. O outro critério diz respeito ao tipo de célula do sangue com o qual a doença se desenvolve: mieloide ou linfoide.
Os sinais e os sintomas variam conforme o tipo de leucemia e os aspectos individuais de cada paciente. Podem incluir:
Quando há uma suspeita de leucemia, o hemograma usualmente é o primeiro exame a ser aplicado na jornada de investigação laboratorial. Contudo, para o fechamento do diagnóstico, é necessária a combinação de vários exames de sangue e/ou de medula óssea, como biópsia, imunofenotipagem por citometria de fluxo, análises citogenéticas e moleculares, entre outros. Vale ressaltar que a detecção precoce é muito importante para garantir maiores chances de cura.
O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e transplante de medula óssea, dependendo do tipo de leucemia e da fase em que ela se encontra. É essencial procurar orientação médica se houver suspeita da doença, para um diagnóstico e um plano terapêutico apropriados.
Ainda existe muito debate da comunidade científica sobre quais são os fatores de risco associados aos diferentes tipos de leucemias. Entretanto, diversas evidências apontam que essas doenças podem estar associadas ao estilo de vida e/ou a aspectos genéticos. Entre as condições que podem aumentar o risco de desenvolvimento, estão: exposição a benzeno, a agrotóxicos e substâncias químicas e o tabagismo, entre outros. É importante salientar que a influência de diferentes agentes no desenvolvimento desses cânceres depende do subtipo dele e das características individuais, entre elas, a idade. Outra forma de combater a doença é apoiar a campanha de Fevereiro Laranja, uma maneira de conscientizar as pessoas, esclarecendo dúvidas e incentivando-as a fazerem seus exames regulares e estarem atentas à sua saúde. A informação pode mudar vidas!
Fonte Apoio: DB Diagnóstico
Escrito por Tatiane Cristina Ferri – Biomédica Responsável pelo Laboratório Labac / Campo Verde-MT