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Prevenção da gravidez na adolescência

No Brasil o número de casos chega a 380 mil por ano

Por Momento Play MT em 10/03/2023 às 12:21:19

A adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida.

A gravidez na adolescência, considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um grave problema de saúde pública, que traz uma série de impactos físicos, psicológicos e sociais para a vida de meninas e bebês. Para as gestantes, esses impactos vão desde o desenvolvimento de problemas de saúde física e mental até a dificuldade de retomar os estudos e conseguir ingressar no mercado de trabalho. A gravidez na adolescência é um corte na adolescência dessa menina. Voltar à escola é muito difícil, o abandono escolar está presente em mais de 70% das adolescentes que engravidaram. Além disso, a responsabilidade de criar a criança na maioria das vezes fica apenas com a menina e sua família, já que o abandono paterno é frequente nessa situação. Segundo as estatísticas do Programa do Adolescente mostram que cerca de 60% das meninas grávidas são abandonadas pelos parceiros ainda durante a gravidez, e 20% são deixadas após o parto.

Para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), a gravidez na adolescência continua sendo um dos principais fatores que contribui para a mortalidade materna e infantil e para o ciclo de doenças e pobreza. Os riscos existentes são os mesmos para todos os casos de gravidez na adolescência. Porém, na faixa entre 10 e 15 anos, esse risco é três vezes maior do que nas meninas de até 20 anos.

No Brasil, o número de casos vem caindo nos últimos anos, mas ainda é muito alto: são mais de 380 mil por ano, sendo mais frequentes os casos a partir dos 15 anos. Na faixa entre 15 e 19 anos, inclusive, a média de nascimentos no país é 50% maior do que a média mundial.

Para a menina gestante, existe maior risco de mortalidade materna, eclâmpsia, diabetes gestacional, hipertensão, anemia, infecções urinárias e infecções sexualmente transmissíveis (IST). Para o bebê, existe maior probabilidade de parto prematuro, baixo peso ao nascer (menos de 2,5 kg), desnutrição fetal nos casos em que a mãe têm anemia, malformações e síndrome de Down. Além disso, outra questão importante é que as meninas de 10 a 15 têm distócias funcionais, ou seja, maior dificuldade de ter parto normal porque a formação óssea da bacia não está completa.



A principal medida a ser tomada em relação ao pré-natal da adolescente grávida é o início precoce desse acompanhamento, ou seja, idealmente antes das 12 semanas de gestação, para realizar os exames necessários, como o ultrassom morfológico, exames de Sangue e acompanhamento de sua pressão arterial.

Contudo, o que se observa é o contrário. Muitas adolescentes começam o pré-natal de forma tardia, geralmente após o 5º mês de gestação, o que aumenta o risco de doenças como sífilis, que caso não seja diagnosticada no primeiro trimestre, também pode oferecer riscos ao bebê.

Vale destacar que para iniciar o pré-natal no SUS, basta buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de sua residência com documento de identidade.


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